“Estórias do 20 na História do 21” embalam noites universitárias
No passado dia 10 de Novembro, o Com’um Cine embarcou para a sua rota com o “Couraçado de Potemkin” do realizador Sergei M. Eisenstein. Mudo e a preto e branco, o filme russo coloriu uma assistência com cerca de 30 pessoas que decoraram a sala do 2º piso da Velha a Branca.
A sessão teve início com uma apresentação guiada por José Manuel Lopes Cordeiro, docente das cadeiras de História do séc. XX e de História Contemporânea de Portugal da Universidade do Minho. O professor abordou o contexto social e político da Rússia em 1905, bem como a marca de Eisenstein na história do cinema mundial. Segundo José Cordeiro, “Couraçado de Potemkin é uma referência do cinema que, em 1958, foi considerado pela Exposição Internacional de Bruxelas como o melhor filme de todos os tempos e de todos os povos". Trata-se de um filme que foi encomendado por Estaline, em 1925, para comemorar o aniversário da revolução russa. Baseado numa revolta de marinheiros ocorrida em 1905, esta obra de Eisenstein foi uma âncora da propaganda soviética, alertando para as injustiças e opressões czaristas e exaltando o poder colectivo das revoltas populares. O filme acaba por se tornar numa obra-prima que conquista a crítica mundial, apesar da censura que foi alvo e das dificuldades de exibição na Europa Ocidental e nos Estados Unidos da América. Com raras apresentações em Portugal, as poucas exibições do filme decorreram em circunstâncias muito especiais e para públicos restritos. O público privilegiado do Com’um Cine pôde contemplar o drama do “Couraçado de Potemkin” durante os 75 minutos.
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Apesar dos escassos recursos técnicos da época, Eisenstein afoga os espectadores num mar de imagens que espelha injustiça, revolta, heroísmo, drama e revolução. Nas cinco partes, a realização mergulha o público em planos e montagens que afundam a memória da palavra: uma quilha a balouçar liberdade, uma mãe com o peso da morte nos braços, uma escada que rola ira, a esperança que atraca…
corpos que…


.......................................... Imagem…
..................................................... só imagens.



Um puzzle de figuras de estilo que as palavras não conseguem encaixar. Sem diálogos. Sem vozes. A imagem é a protagonista que contracena com a música e com as representações dos actores bem afinadas. “Objectos carregados de almas e almas carregadas de ideias. As imagens são parábolas e símbolos de uma ideologia que se cria e toma forma” é assim que Eisenstein define e coloca em prática o seu conceito de imagem. Foi mais um notável pintor que revolucionou a 7ª arte por querer “fazer imagens que brilhem com um sentido profundo, muito além do que elas mostram, como se o objecto ou facto representado fosse o sinal de um desejo…o sinal no qual o Homem se possa reconhecer, pelo menos quanto às metas que tiver fixado.”
A sessão teve início com uma apresentação guiada por José Manuel Lopes Cordeiro, docente das cadeiras de História do séc. XX e de História Contemporânea de Portugal da Universidade do Minho. O professor abordou o contexto social e político da Rússia em 1905, bem como a marca de Eisenstein na história do cinema mundial. Segundo José Cordeiro, “Couraçado de Potemkin é uma referência do cinema que, em 1958, foi considerado pela Exposição Internacional de Bruxelas como o melhor filme de todos os tempos e de todos os povos". Trata-se de um filme que foi encomendado por Estaline, em 1925, para comemorar o aniversário da revolução russa. Baseado numa revolta de marinheiros ocorrida em 1905, esta obra de Eisenstein foi uma âncora da propaganda soviética, alertando para as injustiças e opressões czaristas e exaltando o poder colectivo das revoltas populares. O filme acaba por se tornar numa obra-prima que conquista a crítica mundial, apesar da censura que foi alvo e das dificuldades de exibição na Europa Ocidental e nos Estados Unidos da América. Com raras apresentações em Portugal, as poucas exibições do filme decorreram em circunstâncias muito especiais e para públicos restritos. O público privilegiado do Com’um Cine pôde contemplar o drama do “Couraçado de Potemkin” durante os 75 minutos.
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Apesar dos escassos recursos técnicos da época, Eisenstein afoga os espectadores num mar de imagens que espelha injustiça, revolta, heroísmo, drama e revolução. Nas cinco partes, a realização mergulha o público em planos e montagens que afundam a memória da palavra: uma quilha a balouçar liberdade, uma mãe com o peso da morte nos braços, uma escada que rola ira, a esperança que atraca…
corpos que…



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Um puzzle de figuras de estilo que as palavras não conseguem encaixar. Sem diálogos. Sem vozes. A imagem é a protagonista que contracena com a música e com as representações dos actores bem afinadas. “Objectos carregados de almas e almas carregadas de ideias. As imagens são parábolas e símbolos de uma ideologia que se cria e toma forma” é assim que Eisenstein define e coloca em prática o seu conceito de imagem. Foi mais um notável pintor que revolucionou a 7ª arte por querer “fazer imagens que brilhem com um sentido profundo, muito além do que elas mostram, como se o objecto ou facto representado fosse o sinal de um desejo…o sinal no qual o Homem se possa reconhecer, pelo menos quanto às metas que tiver fixado.”
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